No primeiro dia deste ano de 2022, decidi aceitar o convite de dois amigos empresários paulistas e fui conhecer São José do Rio Preto. Foi uma decisão difícil, confesso, precisava andar quase quinhentos quilômetros de carro, e naturalmente ainda estava em fase de recuperação das comemorações do dia 31 de dezembro. Mesmo assim, encarei o desafio e percorri essa distância com coragem e cheio de expectativas.
Preliminarmente, tive o privilégio de desfrutar do prazer de dirigir em uma estrada com padrão americano e europeu. Sinalização perfeita, larga, com radares estratégicos espalhados por toda sua extensão, estabelecendo um limite de velocidade adequado para as suas condições de trafegabilidade. A rodovia também possuí área de escape, postos de serviços, além de contemplar um cenário de prosperidade e riqueza por todos os ângulos ao longo do percurso. Era perceptível que havia a atuação da iniciativa privada naquela estrada, e os pedágios que começaram a aparecer apenas comprovaram o que estava na minha mente. Ainda assim, eu passava pelas cabines e pagava com satisfação porque simplesmente é justo cobrar por um serviço de tanta qualidade, o desembolso é feito com satisfação quando há o devido retorno.
A cidade de São José do Rio Preto foi uma das melhores surpresas que tive no Brasil. Cidade grande, organizada, arborizada, com sinalização inteligente nas suas vias. Estruturada, urbanizada, totalmente dotada de saneamento básico, com 100% de água tratada, completamente pavimentada. As calçadas são limpas, sem sinal de lixo nas ruas e repleta de condomínios de alto padrão. Cresce na horizontal e na vertical. Um lugar que você simplesmente respira prosperidade e sente o gosto da riqueza, não há pobreza em nenhum local. Todos desfrutam de um padrão de vida muito acima da média brasileira, e ainda assim me senti no direito de perguntar aos meus anfitriões: Tem pobreza na cidade? A resposta foi curta e grossa: “Nenhuma”, e complementei com uma segunda indagação: Qual o segredo para tamanho sucesso? A réplica foi no mesmo tom: “Gestão!”, me dei por satisfeito e fui tomar um champanhe para celebrar os amigos, o encontro e aquela cidade modelo que eu estava prazerosamente conhecendo.
Fiquei tão impressionado com São José do Rio Preto, que sequer perguntei quem era o prefeito e qual partido ele pertencia. Passei a fazer uma analogia com o interior do Amazonas, que vive literalmente abandonado e largado a sua própria sorte. Não há projetos de desenvolvimento. Somos cheios de riquezas inexploradas e sem esperança de dias melhores a médio prazo. Entendi porque o presidente Bolsonaro está sempre nos comparando à Israel quando diz: “Olha o que eles têm e o que eles são, vejam o que nós temos e o que somos”. Certamente ele não está se referindo a São José do Rio Preto, por aqui o Brasil deu certo, as coisas funcionam, o poder público age, a iniciativa privada produz, a população está feliz e a pobreza está passando longe.
O Brasil pode dar certo, precisa apenas tomar uma aula de civilidade e brasilidade com São José do Rio Preto. Nesta cidade o país é de fato levado muito a sério.
Para não passar sem o devido registro, o atual prefeito chama-se Edinho e ele está filiado ao MDB.
Que inveja!
Que phase!
0
20
20
20
