
Chega a ser inacreditável a luta que o ex-governador Amazonino Mendes tem travado em busca de um partido que o acolha e possibilite a disputa de mais uma eleição para o governo. E as circunstâncias são desesperadoras. Explico: ele está se unindo, aos 82 anos, a um de seus maiores desafetos e adversários políticos de sua rica história: o ex-prefeito Arthur Neto, que acena descaradamente para o senador Eduardo Braga. Esse enredo promete: trata-se de um triunvirato do final dos tempos.
Amazonino representa o passado de um futuro que simplesmente não existe mais. Seu momento passou e ele deveria, em tese, exercer um papel de magistrado nas eleições do Amazonas, mas prefere se expor desnecessariamente numa eleição que tem tudo para perder. O fato é apenas um: ele já chegou no teto e não tem número para ganhar esta eleição. A aliança com Arthur será um fim melancólico de uma carreira política inquestionável.
Arthur Virgílio ficou oito anos na prefeitura contando mentiras e bazófias. Alguém já andou de BRT em Manaus? A CIDADE INTELIGENTE existe? Lembro que, neste projeto, havia a promessa de que tudo iria se resolver com um simples clique no celular. Isso para resumir rapidamente o que foi uma gestão desastrosa para Manaus. Nem vou falar aqui do terrível caso do assassinato do engenheiro Flávio…
Agora vamos falar da dupla Arthur e Amazonino. Eles não têm estrutura física, saúde nem disposição para andar pela cidade de Manaus, quem dirá fazer visitas ao interior do Estado para conhecer a realidade cruel da maioria dos nossos municípios. É mais que óbvio que a dupla se utilizará da eleição para acomodar seus aliados, que continuam ávidos pelo poder, sem qualquer preocupação em melhorar a vida das pessoas. Arthur, candidato ao Senado, terá na primeira suplência provavelmente a esposa Betinha, o que vai lhe garantir tranquilidade e segurança pelos próximos oito anos. Mas que benefício isso trará para o povo do Amazonas?
Eduardo Braga é um caso à parte. Foi liquidado politicamente pela sua arrogância e prepotência e esse carimbo ninguém consegue tirar dele. Segue a biografia… Não tem grupo político e coleciona derrotas políticas esmagadoras. Quase não se reelegeu senador em 2018, conquistou a segunda vaga no apagar das luzes e as pesquisas mostram que suas chances para o governo do Estado são inexistentes. Quem se aliar com ele terá o mesmo destino.
Eduardo pode, neste momento, considerar esse mandato um presente divino. Não haverá outro. O atual será cumprido e cairá no esquecimento político. Para piorar, ainda existe Ronaldo Tiradentes no seu encalço, revelando e mostrando suas extravagâncias todos os dias no programa “Manhã de Notícias”. Não é fácil enfrentar esse massacre.
Omar Aziz é quem mais precisa lutar pela sua sobrevivência política. Ele conhece bem os perigos que rondam sua vida particular, caso fique sem mandato. O senador tem uma rejeição gigante na cidade de Manaus, reduto reconhecidamente Bolsonarista, fato que reduz suas chances de reeleição. Ao invés de sair às ruas, convoca prefeitos do interior para irem à sua casa participar de banquetes em troca de apoio. Repito. Um político que NÃO visita o interior do Estado. Em sete anos de mandato, ignorou a existência da vida interiorana, com exceção de Parintins e Rio Preto da Eva, onde esteve distribuindo cestas básicas da SEAS. Emendas não resolvem, presença sim. Ele joga suas fichas no interior e aposta no apoio do descondenado Lula. É uma estratégia infeliz e um nome a ser banido. E será. Vai sair da vida pública e voltar a atuar na privada.
Amazonino, Arthur, Eduardo e Omar representam um modelo político que se esgotou, ainda que não percebam isso. Em 2022, as urnas vão trazê-los para a realidade.
Que phase!
Coluna do Fredoso 👆👆👆👆👆👆