09/05/2023
A rede social Telegram disparou mensagens a usuários com críticas ao Projeto de Lei 2630 das fake news, nesta terça-feira (9). Na mensagem, a empresa alega que o PL irá “acabar com a liberdade de expressão”, caso seja aprovado.
“O PL 2.630/2020 dá ao governo poderes de censura sem supervisão judicial prévia. Para os direitos humanos fundamentais, esse projeto de lei é uma das legislações mais perigosas já consideradas no Brasil”, dizia a mensagem.
No texto da plataforma, houve ainda um pedido para que os usuários da rede social entrem em contato com os parlamentares eleitos ainda nesta terça.
O Telegram conclui a mensagem explicando que a “democracia está sob ataque no Brasil”.
REPERCUSSÃO
O Ministério Público Federal (MPF) requisitou informações sobre o disparo em massa com críticas ao PL 2630/2020, realizado aos usuários, nesta terça-feira (9). O órgão questiona ainda se há embasamento na política da empresa para disparo em massa aos usuários do Brasil.
A Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão em São Paulo, por meio do procurador da República Yuri Corrêa Luz, questionou, em ofício, se existe notificação nos termos de uso da plataforma que autorize esse tipo de envio para os usuários.
A Secretaria Nacional do Consumidor, do Ministério da Justiça, informou que irá notificar o Telegram a respeito de mensagem divulgada pela plataforma sobre o Projeto de Lei 2630/2020.
Nas redes sociais, o ministro Paulo Pimenta, da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, chamou o disparo de “inacreditável”. Conforme Pimenta, o Telegram, “desrespeita as leis brasileiras e utiliza sua plataforma para fazer publicidade mentirosa contra o PL2630”, escreveu. Pimenta ainda garantiu que medidas legais seriam tomadas.

O relator do PL, também se manifestou nas redes sociais. Orlando Silva (PCdoB-SP) classificou a medida como “jogo sujo”. O parlamentar ainda explicou que “internet não é terra sem lei e a regulamentação é uma necessidade”.
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