29/05/2023
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, chegou a Brasília na noite deste domingo (28). Ele deverá se encontrar nesta segunda-feira (29), no Palácio do Planalto, com Lula (P,T). Na terça (30), um grupo de 11 presidentes da América do Sul se reúne no Palácio Itamaraty para discutir a integração regional.
Lula recebe Maduro na manhã desta segunda. A agenda inclui reunião privada entre os líderes às 10h30, reunião ampliada às 11h30 e uma cerimônia de assinatura de atos às 12h30, seguida de almoço às 13h30.
O encontro entre Lula e Maduro marca a retomada das relações entre Brasil e Venezuela. De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, os dois mandatários devem avançar no processo de “normalização das relações bilaterais”. Entre os temas em pauta está a reabertura das respectivas embaixadas e de setores consulares.
Na semana passada, Lula recebeu as credenciais do novo embaixador venezuelano no Brasil, Manuel Vicente Vadell Aquino. O documento é uma formalidade que marca o início da atuação do diplomata no Brasil. Um embaixador assume o posto depois de entregar os documentos ao governo do país onde irá atuar.
Ainda segundo o Itamaraty, os dois presidentes “devem tratar dos resultados da recente missão multidisciplinar à capital venezuelana, organizada pela Agência Brasileira de Cooperação, que contou com representantes de mais de 20 órgãos governamentais brasileiros”. “Atenção especial será atribuída aos temas fronteiriços, com destaque para a proteção das populações que residem nessa faixa, entre elas os povos yanomami”, diz nota do Itamaraty.
Os dois chefes de Estado deverão tratar de temas das agendas regional, a exemplo da integração sul-americana e da cooperação amazônica, e multilateral, notadamente no que se refere à paz, segurança e mudança do clima, diz o Ministério das Relações Exteriores.
Dados do governo brasileiro indicam que o comércio bilateral com a Venezuela alcançou cerca de US$ 1,7 bilhão em 2022, com exportações brasileiras de US$ 1,3 bilhão e importações de quase US$ 400 milhões.
O intercâmbio entre os dois países alcançou US$ 6 bilhões em 2013, “o que demonstra o potencial da relação e enseja o aprofundamento do diálogo com vistas à retomada das parcerias econômicas, da complementaridade de cadeias produtivas e da remoção de obstáculos ao comércio”.