O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou, em coletiva de imprensa em Belo Horizonte, na tarde desta sexta-feira (30), que sua inelegibilidade, determinada por maioria no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), é “a primeira condenação por abuso de poder político”.
“Acredito que tenha sido a primeira condenação por abuso de poder político. Acredito que tenha sido este o meu crime. Crime sem corrupção, mas vamos lá. Nós sabemos que, desde que assumi, falavam que eu ia dar um golpe. Acompanhamos as eleições, a maneira como o TSE agiu, me proibiu de fazer lives na minha casa, e apareceu o resultado no final”, defendeu.
O ex-presidente ainda ressaltou que “a transição (entre o governo dele e o de Lula) foi feita na normalidade”, e negou qualquer aspiração golpista de seus apoiadores. “Ninguém do PT, nem ministro meu, podem reclamar. Dia 30 eu saí do Brasil e depois aconteceu o 8 de janeiro. Quem falou que é golpe não sabe o que é golpe. Ninguém via dar golpe com senhorzinhos e senhorinhas com a bandeira do Brasil”, disse. O ex-presidente acrescentou que há “300 presos injustamente” em decorrência dos protestos em Brasília.
“Nos lamentamos o que fizeram e as pessoas que fizeram isso tem que arcar com responsabilidades”, comentou sobre o vandalismo no dia. Bolsonaro ainda alegou que a atuação do TSE é um flerte com países autoritários. “Vão brindar com Ortega na Nicaragua, que prendeu várias pessoas”, avaliou.