MESTRE DE OBRAS SOBREVIVEU 14 DIAS JOGADO EM CISTERNA ANTES DE MORRER

28/07/2023

De acordo com o laudo da Polícia Técnico-científica de Goiás, Roberto Caetano de Souza, o mestre de obras encontrado dentro de uma cisterna no Parque Estrela Dalva X, no Jardim Ingá, em Luziânia, permaneceu vivo por pelo menos 14 dias antes de falecer.

Ele foi asfixiado por cinco traficantes e, em seguida, jogado em um poço próximo à residência dos criminosos. No entanto, os assassinos não tinham conhecimento de que a vítima havia sobrevivido. Roberto morreu devido à desnutrição, 24 horas antes de ser localizado pelos bombeiros. A Polícia Civil do Estado de Goiás (PCGO) prendeu três pessoas envolvidas, enquanto outras duas continuam foragidas.

Roberto Souza desapareceu na tarde de 11 de julho. Segundo o relato do PM Ailton Caetano, um dos irmãos da vítima, o pedreiro estava em casa quando decidiu sair. Durante 15 dias, familiares e amigos se uniram em uma força-tarefa de busca pelo homem.

“Não paramos um minuto. Íamos a todos os possíveis lugares que ele estivesse na esperança de encontrá-lo”, declarou.

Na quarta-feira (26/7) à tarde, após uma minuciosa investigação conduzida pelo Grupo de Investigação de Homicídios de Luziânia da Polícia Civil do Estado de Goiás (GIH/PCGO), policiais civis e bombeiros encontraram o corpo de Roberto dentro de uma cisterna em uma área isolada. De acordo com o laudo, Roberto foi asfixiado, porém permaneceu vivo por 14 dias antes de falecer devido à desnutrição.

Motivação

O delegado Fellipe Guerrieri Barbosa, responsável pelas investigações, informou à reportagem que a motivação do homicídio está relacionada a uma dívida de drogas no valor de R$ 600. “Ao que tudo indica, a vítima tinha relacionamento próximo com uma usuária, que também foi presa. E, pelas investigações, descobrimos que o mandante do assassinato seria um traficante”, detalhou.

A família não acredita que Roberto fosse usuário de drogas. De acordo com o irmão, o mestre de obras tinha recebido um pagamento por um serviço realizado em uma universidade. “Montaram uma casinha para ele. Fizeram uma emboscada para roubar”, relatou.

A polícia continua na busca por outras duas pessoas envolvidas no crime. O velório de Roberto aconteceu na tarde desta quinta-feira (27/7), no Cemitério de Luziândia. Ele deixa sua esposa e sete filhos.

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Author: amazonashoje

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