28/08/2023
A mulher detida no sábado (26) sob acusação de ter assassinado, esquartejado e armazenado em uma geladeira as partes do corpo de sua filha de 9 anos, relatou em seu depoimento ter procurado na internet a forma mais simples de realizar o esquartejamento da criança.
No domingo (27), Ruth Floriano, com 30 anos de idade, teve sua prisão em flagrante, ocorrida na zona leste de São Paulo, transformada em prisão preventiva. Tal medida implica que ela permanecerá detida por período indefinido, até que as apurações progridam.
Os restos mortais da criança foram submetidos a exame necroscópico no IML (Instituto Médico-Legal) e estão aguardando ser liberados para a família. O sepultamento está programado para ocorrer ainda nesta segunda-feira (28).
Segundo a polícia, Ruth já tinha confessado ter perpetrado o delito como retaliação ao ex-parceiro e pai da menina. Dados iniciais indicam que Alany Izilda Floriano Silva poderá ter falecido aproximadamente há 20 dias, na residência anterior da família, na zona leste.
Os restos mortais da criança foram localizados no novo domicílio da mãe, na área do Jardim Ângela, zona sul da cidade de São Paulo
Conforme o boletim de ocorrência, a garota estava escovando os dentes quando a mãe a agarrou e atacou com uma faca.
Seguindo o relato da suspeita, ela deixou a filha no chão por aproximadamente três horas. Posteriormente, “se drogou o suficiente para ter coragem de arrancar a cabeça da vítima”. Além disso, realizou pesquisas online para aprender como esquartejar o corpo da criança.
Depois disso, Ruth teria colocado os fragmentos do corpo em uma caixa térmica. Posteriormente, ela optou por guardar partes na geladeira e envolveu o eletrodoméstico com um lençol e fitas.
Enquanto se mudava para a nova residência, um conhecido do namorado atual da suspeita mencionou que a geladeira estava excessivamente pesada. No entanto, a mulher alegou que havia colocado seus pertences dentro do aparelho porque não possuía malas.
Quem encontrou o corpo da criança?
A atual sogra de Ruth dirigiu-se à sua nova residência e suspeitou que ela escondia substâncias ilícitas e armamentos na geladeira, uma vez que esta se encontrava conectada à tomada e permanecia envolta por um lençol e fita, mesmo após a mudança.
Ao sair, a sogra se deparou com os fragmentos do corpo da criança dentro de uma caixa térmica. A Polícia Militar foi chamada e, após chegar ao local e abrir o eletrodoméstico, deparou-se com as demais partes do corpo de Alany.
O episódio foi registrado como homicídio com três qualificações, devido a motivação fútil e à circunstância da vítima ser menor de idade e não ter capacidade de defesa. Adicionalmente, a suspeita será acusada de esconder o corpo.
No boletim de ocorrência, o delegado encarregado da investigação, Eder Vulczak, destaca que Ruth narrou os detalhes do assassinato da filha e da subsequente tentativa de ocultação do cadáver com frieza. De acordo com o relato, a mulher não demonstrou qualquer sinal de arrependimento ou remorso até o momento.
Indagada acerca da razão por trás do crime, a suspeita declarou que teria matado a filha com o propósito de se vingar do ex-parceiro, alegando que ele seria o “pai” da criança. No entanto, esse indivíduo não seria o pai biológico da menina.
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